Pá... tive agora a ler o Blog de alto a baixo.
Parecia que nunca o tinha feito antes... tipo, recordei tudo e rir-me DE KRL!

De mais mesmo, que ano inesquecivel!
Foi o ano mais estranho da minha vida...

Mas vivemos os "3" nas trevas mais assustadoras que alguma vez senti: as do Lote 34!
Este ano, vai, por todos os motivos, ficar sempre presente na minha memórias.

Foi onde demos as nossas gargalhadas mais estridentes e onde também correram as lágrimas mais sentidas...

Por tudo isto e muito mais,
LOTE 34 FOREVER!!!

[][]'s

¶ 4:39 da tarde //

...é este ano... só me vem esta frase á cabeça, é este ano que o maior clube portugues vai voltar a ser campeão... não me interessa que tenham sido beneficiados, que tenham tido sorte, tou ma cagar po segredo de justiça, não kero saber se o sporting ganha a taça uefa, se o porto é o actual campeão europeu, se o mourinho afirma a pés juntos que é um enviado de deus á terra... este ano... VAMOS SER CAMPEÕES!!!!! eh eh eh eh eh vai ser lindo....

AzuL

¶ 6:16 da manhã //

¶ 2:13 da manhã //

¶ 6:30 da tarde //

¶ 6:03 da tarde //

Estou há 10 minutos a olhar para o monitor, já li a "boa" nova 4 vezes e nem sei o que dizer...

E agora?! Atão mas... nunca mais vou ver aquele programa de Arte (lolol!) em que, durante um quarto de hora, estão três indivíduos que - coitados - jogam traquilamente um jogo tradicional que consiste em que um deles salte por cima do outro que está numa posição agachada (ya, é na boa porque isto dá a altas horas!), colocando-se posteriormente nesta referida posição. Isto depois é um ciclo vicioso, ou seja não passa disto. Mas um gajo fica colado e é fixe, mas agora NUNCA MAIS!!

O meu programa de Arte... e o MacGuyver, esse mito da electrotécnica que com a prata de uma pastilha elástica e meia dúzia de parafusos consegue fazer um F-16... Mário (tu que hoje lambeste impiedosamente as peles vaginais da águia benfiquista), NUNCA MAIS VAMOS VER DRAGON BALL!!! E agora?! "Mário Ventuuu-ra-ra-ra!". O que é que vamos cantar agora? Só se for tipo: "Mário!, Mário!, Mário!... Mário DEZ HORAS!!!" - tás a ver?, tipo Sic 10 Horas... Que decadência...

Isto é o Apocalipse! É agora!
O Lote 34 vai entrar num mundo de trevas e escuridão onde a tecnologia informática vai ser explorada até ao limite. Mas eu sou um "escolhido". Eu antevi tudo isto... Prova disso é que quando fui à Leiritrónica comprei um cabo de rede para jogarmos em LAN. Ah pois!

A nossa TV Cabo!... companheira... que vontade de chorar!...
Desapareceu... A culpa tem de ser de alguém!

FOI A GUARDIÃ! É o primeiro preságio do, passo a citar "(...) vão-se arrependerem até ao resto das vossas vidas (...)".
Tal crueldade só pode ser fruto dum ser vil e demoníaco como ela.

Tenham medo... Até onde é que isto pode ir?


R.F.

¶ 1:42 da manhã //

¶ 7:27 da tarde //

Aqui no 34 as coisas fazem-se com calma. Até porque já a minha mãe me dizia: "Depressa e bem não há quem!". Deitamo-nos com calma (por isso é que nunca acordamos cedo), levantamo-nos com calma, despachamo-nos com calma e, de vez em quando, vamos para as aulas com calma. Já o resto da turma não é adepto desta filosofia. O certo é que um dia chegámos à uma aula e o cenário era bem negro: enquanto uns ralhavam outros choravam (não é metáfora, choravam mesmo!) e eu e o Mário, inconscientemente tranquilos, só nos riamos. A turma andava a passar uma crise de depressão devido a tanto trabalho e responsabilidade que acarretava nesta altura de realização dos trabalhos de grupo. É triste.

E foi neste cenário que ouvi uma discussão que me levou a fechar os olhos para meditar por 5 segundos comigo mesmo. A discussão era sobre a marcação das datas da apresentação dos trabalhos de MTIS, marcação esta que já se andava por decidir à muito. Ora bem, o que é que isto tem de mau para um habitante do lote 34? Rigorosamente nada! Quanto mais tarde melhor, há tanta coisa a fazer… mas para certo imigrantes, as coisas não são bem assim. Sabem porquê? Conseguem adivinhar? Por causa do Plano de Estudos! Que razão tão… ÓBVIA! Ai, ai! Tive que meditar, é claro que tive de meditar!

Devagar se vai ao longe, meus amigos... Há pessoas que querem correr tão depressa, mas tão depressa, que em vez de correrem levantam voo. Mas será que têm asas? Eu cá não…


R.F.

¶ 3:38 da tarde //

É do conhecimento geral que a vida dos estudantes universitários nem sempre é de completa dedicação. É também do senso comum que muitas vezes existe ligação entre determinados comportamentos do estudantes e o consumo exagerado de bebidas alcoólicas. Pois bem, foi o caso!

A discoteca "Álibi" foi o destino escolhido para mais uma noite de farra e inconsciência e é certo que quando de lá saímos a nossa realidade já estava bastante alterada. Éramos 4: eu, o João, o Mário e o Padrinho. Não era o da Máfia, era o dos Rangers, essa cobiçada divisão do exército português. Em nome da gentileza e do cavalheirismo, deixámos a Cláudia em casa para depois seguirmos o longo caminho que separa o Orfeão da nossa casa. Como corta-mato escolhemos o bairro dos Capuchos. E foi aqui que demos o golpe. À porta do mini mercado dos Capuchos estava algo que, àquela hora (deviam ser umas 5h da madrugada), foi para nós um verdadeiro milagre que deixou os meus olhos e os do João a brilhar de tão bondoso que era. Um recheado saco de pão fresco de todos os tipos: normal, de mistura, caseiro… cerca de 50 pães que iam em breve ser o nosso regalo.

Chamei o João que nem pensou duas vezes antes de me ajudar a carregar o saco de papelão. Já o Mário e o Padrinho continuaram o seu caminho, como se não nos conhecessem de lado nenhum, por termos realizado tal manobra cujos possíveis resultados e contratempos não lhes interessavam.

Foi já no calor da nossa humilde casa que desfrutamos ao máximo de tal achado e que ouvimos uma declaração que tão depressa não vai sair dos nossos corações e que nos deixou para sempre arrependidos (ou não!) de termos cometido este crime: "Andei eu a combater isto por tanto tempo…".

Certo é que os pãezinhos estavam uma delícia para todos. Até para quem combate o crime e tudo o que possa pôr em causa o rumo normal das coisas. Mas será que queremos mesmo que as coisas tenham um rumo normal? Será que nos queríamos ir deitar de barriga vazia?


R.F.

¶ 3:37 da tarde //

Vivemos numa época em que os programas de informação tentam de tudo para conseguir recolher dados úteis para determinado artigo ou notícia. Quem de vós é que nunca se partiu a rir com algumas perguntas ou atitudes completamente inconvenientes de certos e determinados jornalistas, que acabam por, em prol do seu nem sempre cómodo trabalho, fazer as mais tristes e cómicas figuras? Mas a falta de coerência é um problema muito mais abrangente, estendo-se a outros campos e áreas… Aqui no lote 34 a falta de coerência é bem visível. Ou deixem-me contar um episódio que por aqui se passou…

O 3º Esquerdo do lote 34 é habitado por nós os três. Três rapazes na casa dos 20 anos, despreocupados, revoltados e muitas vezes desmazelados. Actualmente vivemos uma crise de preguicite aguda, o que nos leva a viver, por vezes, em condições bastante deploráveis. Estão a ver o cenário?

Certo dia decidimos fazer o primeiro bolo cá da casa. Trouxe uma receita e os ingredientes necessários da Nazaré e pusemos mãos à obra. Imaginem então qual foi o nosso desagrado quando nos apercebemos que não tínhamos nenhuma colher de pau nem nenhuma bacia, ferramentas essenciais para a criação da nossa obra de arte culinária. Como génios que somos não deixámos que tal obstáculo nos prejudicasse e arranjámos rapidamente uma solução: fomos pedir uma colher de pau emprestada às vizinhas do 1º esquerdo, e, para batermos as claras em castelo usamos um tacho de alumínio. O resultado foi um delicioso bolo de iogurte com as claras mais cinzentas que alguma vez vi na vida, e duvido que algum dia venha a ver novamente algo assim. Como pessoas simpáticas que somos, rapidamente devolvemos a colher de pau às vizinhas, e com ela deixámos uma parte do bolo que sem a ajuda delas tinha sido impossível ser cozinhado. Como cortesia, deixámos também bem claro que, se precisassem de alguma coisa lá de casa, não hesitassem e tocassem à campainha.

Bem dito, bem feito. Acabámos de jantar e ouvimos o toque da campainha. E das duas uma, ou as (pouco) claras tinham deixado alguém gravemente doente, ou elas precisavam mesmo de alguma coisa… E sim, precisavam de um termómetro. Sim, leste bem, elas tocaram à campainha do fim do Mundo em busca dum termómetro. Não lembra ao diabo ir uma residência de três estudantes do sexo masculino em busca de tal objecto. Porque é que não nos pediram antes um penso higiénico? Ou mesmo um estetoscópio?

Foi rir, rir e rir até não poder mais. Ainda hoje, já lá vão uns 4 meses, ainda não encontrámos nenhuma explicação minimamente lógica para este episódio tão… pouco coerente! É que não, nenhuma delas estava doente, já que à noite estavam todas a curti-la no recinto da Recepção ao Caloiro.

Haja coerência… Tenho dito!


R.F.

¶ 3:35 da tarde //

¶ 3:30 da tarde //